Este é um dos meus vídeos favoritos no youtube. Antes de postá-lo no blog, assisti-o novamente, e pude me alegrar com a maneira como John Piper descreve a Supremacia de Cristo sobre todas as coisas. Todas as coisas! Lembro-me da época quando iniciei a compreender a Soberania de Deus sobre todas as coisas. Como Piper mesmo disse em outro lugar, foi como se colocassem um telescópio diante dos meus olhos e eu passasse a ver o TAMANHO do Senhor a quem eu servia e conhecia de ouvir falar. Agora, Ele realmente era alguém que detinha TODO o poder! Lembro-me de uma de minhas orações nessa época na qual eu disse ao Senhor: - Eu não sabia que o Senhor era tão Grande!!!
Irmãos em Cristo, peço que lutem para não perderem de vista o Supremo domínio do Senhor sobre todas as coisas. Isso lhes será grande fonte de consolo e motivação em vossa peregrinação!
Como Piper coloca no final deste vídeo, palavras de Abraham Kuyper pronunciada por ele na ocasião de seu discurso inaugural na abertura das atividades da Universidade Livre de Amsterdã em 1880: “Não existe sequer um centímetro de nossa natureza humana do qual Cristo, que é soberano de tudo, não proclame Meu!’”
Desfrutem do vosso Cristo!!!
(Ative a legenda no youtube se mesma estiver desativada)
Quero compartilhar e divulgar este belo e emocionante poema de John Piper, "O Estalajadeiro". Damos graças ao Senhor por dar à Sua Igreja homens como John Piper. Suas obras escritas e vídeos na internet me tem sido uma excelente fonte de edificação. Como ele mesmo diz, a motivação do seu ministério é espalhar um paixão pela supremacia de Cristo em todas as coisas para alegria de todas as gentes. Este vídeo, publicado no canal do youtube dos amados irmãos do site www.voltemosaoevangelho.com/blog, é uma amostra desse espalhar de paixão por Jesus Cristo. Glórias a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador!
"Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo" (Carta aos Hebreus Capítulo 2 e versículo 14)
Eu
não ouço falar muito sobre o perigo do “desvio” hoje em dia.
Parece que isso é algo com que meus amigos e eu nos preocupávamos
20 anos atrás. Nós falávamos sobre isso, orávamos contra isso, e
procurávamos manter Jesus sempre diante de nós como nossa grande
esperança e satisfação. A preocupação não era com cair
totalmente fora do mapa espiritual, negando Jesus e mergulhando em
pecados escandalosos, mas nós sabíamos que de fato temos corações
que são, como o hino diz, “inclinados a se desviar”. E eu não
sou melhor hoje do que era naquele tempo.
Se
há uma consideração particularmente humilhante para um crente com
uma mente espiritual, é que, depois de tudo o que Deus fez por ele –
depois de todas as ricas demonstrações de sua graça, a paciência
e ternura de suas instruções, a repetida disciplina de sua aliança,
os emblemas de amor recebidos, e as lições da experiência
aprendidas –, ainda existe no coração um princípio, uma
tendência para um secreto, perpétuo e alarmante afastamento de
Deus.” – Octavius Winslow, Personal
Declension
Mas
mesmo que reconheçamos que permanecemos pecadores e que podemos nos
encontrar em um perigoso estado espiritual, acaso sabemos como se
parece esse estado? Não estou bem certo disso. Alguns o assemelham a
um fracasso público, e isso os deixa pensando que estão seguros
quando, na verdade, podem estar em um caminho muito ruim. No
clássico Vital Godliness (Piedade Vital), William
Plumer diz: “Muitos são impedidos de vencer seus desvios porque
são misericordiosamente guardados de pecados abertos. Se eles
tivessem publicamente caído em manifesta iniquidade, eles ficariam
vermelhos de vergonha; eles lamentariam sua perversidade diante de
Deus e dos homens. Mas, por enquanto, é tudo segredo. Eles são
meramente desviados no coração”.
Como
se Parece o Desvio?
No
seu livro, Revival (Avivamento),
Richard Owen Roberts apresenta 25
evidências de uma condição desviada.
Ele elabora cada uma delas, mas eu vou apenas dar-lhe os pontos aqui.
Considere-os seriamente.
1.
Quando a oração deixa de ser uma parte vital de uma vida cristã
professa, o desvio está presente.
2.
Quando a busca pela verdade bíblica cessa e a pessoa se torna
contente com o conhecimento de coisas eternas já adquirido, não
pode haver dúvida quanto à presença do desvio.
3.
Quando o conhecimento bíblico possuído ou adquirido é tratado como
um fato externo e não aplicado internamente, o desvio está
presente.
4.
Quando pensamentos ardentes sobre as coisas eternas deixam de ser
regulares e consumidores, isso deveria ser como um sinal de alerta
para o desviado.
5.
Quando os cultos da igreja perdem seu deleite, uma condição de
desvio provavelmente existe.
6.
Quando discussões espirituais profundas são um constrangimento, há
certamente uma evidência de desvio.
7.
Quando os esportes, a recreação e o entretenimento são uma parte
grande e necessária de seu estilo de vida, você pode concluir que
está ocorrendo um desvio.
8.
Quando os pecados do corpo e da mente podem ser praticados sem uma
revolta na sua consciência, a sua condição de desviado é certa.
9.
Quando as aspirações por uma santidade semelhante à de Cristo
param de dominar sua vida e seu pensamento, o desvio está ali.
10.
Quando a aquisição de dinheiro e bens materiais se torna uma parte
dominante de seu pensamento, você tem uma clara confirmação de
desvio.
11.
Quando você pode pronunciar canções e palavras religiosas sem o
coração, tenha certeza de que o desvio está presente.
12.
Quando você pode ouvir o nome do Senhor ser tomado em vão, questões
espirituais ridicularizadas e questões eternas tratadas de forma
frívola, sem ser levado à indignação e ação, você está
desviado.
13.
Quando você pode assistir a filmes e programações de televisão
degradantes e ler literaturas moralmente debilitantes, você pode
estar seguro de seu desvio.
14.
Quando quebras de paz na irmandade não são motivo de preocupação
para você, isso é uma prova de desvio.
15.
Quando a menor desculpa parece suficiente para afastar você do dever
e da oportunidade espiritual, você está desviado.
16.
Quando você fica satisfeito com sua falta de poder espiritual e não
mais busca repetidos revestimentos de poder do alto, você está
desviado.
17.
Quando você desculpa seu próprio pecado e preguiça dizendo que o
Senhor entende e lembra que somos pó, você revela sua condição de
desviado.
18.
Quando não há mais música em sua alma e em seu coração, o
silêncio testifica de seu desvio.
19.
Quando você se ajusta alegremente ao estilo de vida do mundo, seu
próprio espelho vai lhe dizer a verdade sobre seu desvio.
20.
Quando a injustiça e a miséria humana existem ao seu redor e você
não faz nada para aliviar o sofrimento, fique certo de seu desvio.
21.
Quando a sua igreja caiu em declínio espiritual e a Palavra de Deus
não é mais pregada ali com poder e você permanece satisfeito, você
está em uma condição de desviado.
22.
Quando a condição espiritual do mundo declina ao seu redor e você
não consegue percebê-lo, isso é testemunho da sua situação de
desvio.
23.
Quando você está disposto a enganar seu empregador, o desvio é
patente.
24.
Quando você se acha rico em graça e misericórdia e se maravilha
com sua própria piedade, então você caiu profundamente em desvio.
25.
Quando suas lágrimas estão secas e a realidade espiritual dura e
fria de sua existência não é suficiente para fazê-las rolar, veja
isso como um terrível testemunho da dureza de seu coração e da
profundidade de seu desvio.
(extraído
de Revival [Avivamento],
Richard Owen Roberts)
Você
pode querer discutir algumas das “evidências” listadas acima,
mas antes disso considere-as cuidadosamente para não deixar de
identificar um real problema em sua vida. E se você descobrir que
algumas dessas coisas são verdadeiras sobre você?
1.
Comece a ler sua Bíblia hoje mesmo. A
maneira de se fazer algo – é fazendo; e a maneira de se ler a
Bíblia – é realmente lendo-a! Não é meramente querendo, ou
desejando, ou decidindo, ou pretendendo, ou pensando sobre isso –
assim você só avançará um passo. Você deve de fato ler. Não há
um “caminho dourado” para esse assunto, assim como não há para
a oração. Se você não sabe ler, convença alguém a lê-la para
você. De uma maneira ou de outra, através dos olhos ou ouvidos –
as palavras das Escrituras precisam passar pela sua mente.
2.
Leia a Bíblia com um desejo profundo de entendê-la. Não
pense, nem por um momento, que a grande questão é virar certa
quantidade de papel impresso, sem importar se você entende ou não.
Algumas pessoas ignorantes parecem imaginar que se eles avançaram
tantos capítulos por dia, sua tarefa está feita, apesar de não
terem noção sobre o que foi lido. Só sabem que avançaram o
marcador de livros algumas páginas para frente. Isso é transformar
a leitura da Bíblia em um mero ritual. Guarde isso na sua mente como
um princípio geral: uma Bíblia que não é entendida é uma Bíblia
que não faz nada em sua vida! Diga a você mesmo constantemente
enquanto você lê, “De que se trata tudo isso?”. Busque o
significado como um homem busca por ouro.
3.
Leia a Bíblia com a fé e humildade de uma criança. Abra
seu coração à medida que você abre o livro de Deus e diga: “Fala,
Senhor, pois teu servo está ouvindo!”. Decida implicitamente
acreditar em qualquer coisa que você encontre lá, não importa o
quanto seja contrário aos seus próprios desejos e preconceitos.
Decida receber no coração cada afirmação da verdade, quer você
goste ou não. Fique atento àquele hábito miserável no qual alguns
leitores da Bíblia caem – eles aceitam algumas doutrinas porque
gostam delas, e rejeitam outras porque elas os condenam, ou condenam
algum parente ou amigo. Dessa forma, a Bíblia é inútil! Somos
juízes sobre o que deve estar na Palavra de Deus? Sabemos melhor do
que Deus? Guarde em sua mente: você receberá tudo e crerá em tudo,
e aquilo que você não for capaz de entender, você aceitará que é
verdade mesmo assim. Lembre, quando você ora, você está falando
com Deus, e Deus o ouve. Mas lembre também, quando você lê as
Escrituras, Deus está falando com você, e você não deve
“ordenar”, mas ouvir!
Lembre-se: quando você lê as Escrituras, Deus está falando com
você, e você não deve “ordenar”, mas ouvir!
4.
Leia a Bíblia com um espírito de obediência e autoaplicação. Sente
para estudá-la com uma determinação diária de que você viverá
por suas regras, descansará em suas afirmações e agirá de acordo
com seus mandamentos. Considere, à medida que navega por cada
capítulo. “Como isso afeta meu pensamento e minha conduta diária?
O que essa passagem me ensina?”. É um trabalho pobre ler a Bíblia
por mera curiosidade e propósitos especulativos para encher sua
mente com meras opiniões, porque você não permite que o livro
influencie seu coração e sua vida. A Bíblia que é mais bem lida é
aquela que é mais praticada!
5.
Leia a Bíblia diariamente. Faça
com que a leitura e meditação de algum trecho da Palavra de Deus
sejam parte do seu dia a dia. Meios particulares de graça são tão
necessários diariamente para nossas almas como alimento e vestimenta
são para nossos corpos. O pão de ontem não alimentará o
trabalhador hoje; e o pão de hoje não alimentará o trabalhador
amanhã. Faça como os Israelitas no deserto. Pegue o seu maná
fresco a cada manhã. Escolha a parte do dia e os horários. Não
atropele sua leitura, apressadamente. Dê a sua Bíblia a melhor e
não a pior parte do seu tempo! Mas qualquer que seja o plano que
você use, faça da visita ao trono da graça e a Palavra de Deus uma
regra da sua vida para todos os dias.
6.
Leia toda a Bíblia – e a leia de uma maneira ordenada. Temo
que haja muitas partes da Palavra que algumas pessoas nunca lêem.
Para dizer o mínimo, isso é um hábito muito presunçoso. “Toda a
Escritura é útil” (2 Timóteo 3.16). Esse hábito é o causador
da falta de uma visão balanceada da verdade, tão comum hoje em dia.
Algumas pessoas lêem a Bíblia como um perpétuo sistema de
“mergulhar e pegar”, como aperitivos. Eles parecem desconsiderar
a possibilidade de avançar regularmente por todo o Livro.
7.
Leia a Bíblia de forma justa e honesta. Decida
considerar tudo em seu significado claro, óbvio, e considere com
muita suspeita todas as interpretações forçadas. Como uma regra
geral, o que um verso da Bíblia parece significar – é o que ele
significa! Uma regra bastante valiosa é: “A
maneira correta de se interpretar a Escritura é considerá-la como a
encontramos, sem nenhuma tentativa de forçá-la a um sistema
teológico particular.”
8.
Leia a Bíblia com Cristo continuamente em perspectiva. O
grande e primário objeto de toda a Escritura é testificar sobre
Jesus! Ascerimônias do
Antigo Testamento são sombras de Cristo. Os juízes do
Antigo Testamento são tipos de Cristo. As profecias do
Antigo Testamento estão cheias dos sofrimentos de Cristo e de Sua
Glória ainda porvir. A primeira e a segunda vinda, a humilhação do
Senhor e Seu reino glorioso, Sua cruz e sua coroa brilham
intensamente em toda a Bíblia. Segure-se firme nisso, e você lerá
a Bíblia corretamente.
Eu poderia facilmente adicionar mais dicas, se mais espaço fosse
permitido. Apesar de poucas e curtas, você perceberá que elas são
mais proveitosas quando postas em prática.
Traduzido
por Alex Daher | iPródigo.com | Original aqui
John
Charles Ryle (1816
- 1900) serviu por quase quarenta anos como ministro do
Evangelho, antes de ser indicado como primeiro bispo de Liverpool
(Inglaterra) em 1880. Ryle era um escritor prolífico, um pregador
vigoroso e um pastor fiel. Muitas de suas obras têm servido como
fonte de instrução e consolo ao povo de Deus através de décadas.
Sermão pregado no 24° aniversário da Igreja Presbiteriana Antioquia em Guarulhos-SP.
Texto:
João 4.10
Replicou-lhe
Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de
beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
Introdução
As
Escrituras Sagradas dão testemunho abundante sobre Cristo ser a
fonte de Água Viva. Ele é a Rocha que brotou água no deserto
quando foi ferida por Moisés da qual todo o povo bebeu, e Paulo mais
tarde disse em 1 Co 10.4 que aquela Rocha era Cristo. Ele é a Casa de Deus do Salmo 36 onde na torrente
das Suas delícias o Senhor dá de beber aos homens. Ele é a cidade
de Deus do Salmo 46 na qual há um Rio de Alegria. Ele é a fonte de
Salvação que Isaías profetizou no capítulo 12 de seu livro, fonte
da qual os homens tirarão água. Ele é o manancial de Águas Vivas
de Jeremias 2.13. Ele é o templo de Ezequiel 47 do qual sai um rio
que vivifica os lugares por onde passa. No livro de Apocalipse no
capítulo 7.17, Ele é o Cordeiro que está no trono e que apascentará
o seu povo e os conduzirá as fontes da água da vida. E no capítulo
21.6 Ele é o Alfa e o ômega, o Princípio e o Fim, que promete para
aqueles que tem sede que ele irá dar de beber gratuitamente da fonte
de águas vivas. Eu não sei o que vocês pensam de Cristo, mas eu quero
ficar bem junto dele e beber desta fonte todos os dias da minha vida. No texto que
lemos, vemos a mulher samaritana sair de sua casa como de costume na hora sexta, meio-dia nos nossos relógios,
para buscar água na fonte de Jacó. Mal sabia ela que em vez de uma
fonte, ela encontraria duas naquele dia. Duas fontes!
1.
A fonte de Jacó: O Mundo e o Esforço Próprio
Quantos
de nós não nos lembramos daquele tempo quando ainda não
conhecíamos ao Senhor. Como a samaritana que buscava satisfazer o vazio do
seu coração com os homens do povoado. Já tivera 5 maridos e o
atual nem dela era. Assim também, nós ficávamos inquietos procurando com passeios e mais passeios, relacionamentos atrás de relacionamentos,
variações intermináveis de entretenimento (que, como disse certo
pregador, é o substituto diabólico da alegria no Senhor), cursos e
mais cursos, festas e mais festas, doses e mais doses de drogas e bebida, mil e uma atividades com o intuito
de saciar a sede da alma. Buscamos no mundo, nas coisas criadas,
satisfazer o anseio de alegria do nosso interior. Todos estas coisas
funcionam como o poço de Jacó. Você tira dele a água, mas vai ter que voltar no dia seguinte pois ele nunca mata a sede permanentemente.
A
mulher samaritana do nosso texto tinha de ir todos os dias buscar
água. E que esforço ela não fazia para ter água do dia! E o que
dizer daquelas pessoas que sentem o pecado secar-lhes a alma. Algumas
dessas pobres almas, no afã de se livrarem dessa sequidão, pensam
que com o esforço próprio podem se livrar do pecado. Pensam que por
cumprirem determinados ritos religiosos podem trazer alívio as suas
consciências. Pensam que com a força de seu próprio braço poderão
transformar o deserto em um manancial. A religião que ensina que
você pode confiar em suas forças, e em suas obras, para ser
justificado, não faz nada senão trazer mais e mais maldição,
porque o Senhor mesmo disse: Maldito o homem que confia no homem, e
faz do seu braço a sua força, e também diz, Maldito todo aquele
que permanece nas obras da lei para as cumprir, porque ninguém será
justificado diante de Deus pelas obras da Lei.
2.
Mesmo os crentes devem tomar cuidado de não voltar a fonte de Jacó.
Aqueles
que já fizeram aliança com o Senhor, e passaram a beber dEle como Fonte de Água Viva devem ter cautela para não
retornarem a fonte de Jacó. Quantas exortações não temos nas
Escrituras para evitarmos esse perigo. Em Jeremias capítulo 2, O
Senhor repreende o povo da Aliança:
"Espantai-vos
disto, ó céus, e horrorizai-vos! ficai verdadeiramente desolados,
diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me
deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas,
cisternas rotas, que não retêm as águas." (Jr 2.12,13)
Meus
irmãos, é uma grande desonra para o nosso Deus, quando deixamos de
ter Cristo como nossa fonte de vida, alegria e poder para vivermos a vida cristã, e cavamos cisternas
rotas que não retêm água. Israel quis satisfazer-se com os ídolos.
Os ídolos eram as cisternas rotas para eles. Cisternas rotas é tudo
que usamos como fonte de nossa alegria que não seja o Senhor Jesus
Cristo e seu Santo Espírito em nós. Pode ser o dinheiro, pode ser o
namoro, pode ser amigos. Cisterna rota podem ser os bens que você tem:
carro, casa e aquela televisão de última geração. Pode ser uma novela,
um filme, um vídeo-game. Pode ser até a satisfação que você
encontra no seu emprego. Cisterna Rota pode ser até uma cargo na
igreja, quando esse cargo é usado como um fim em si mesmo. Cisterna Rota, pode ser um pai,
uma mãe, um esposa e até um filho. Jesus disse que aquele que ama
mais essas coisas do que a Ele, não é digno dEle! Cisterna rota
pode ser um desejo de se aperfeiçoar na carne. Na sua carta aos
gálatas 3.3, Paulo fala que tendo eles (os gálatas) começado no
Espírito, estavam agora querendo se aperfeiçoar na carne. Meus
irmãos, tudo que não é feito pela água celestial, tudo que não é
feito em total dependência do Espírito Santo, é reprovado diante
de Deus, pelo simples fato de que aqueles que confiam na carne não podem agradar a Deus. Esse assunto é tão sério e é tão horrível trocar a
companhia do Senhor, é tão reprovável colocar os nossos corações
em outra coisa que não o Senhor, que no texto que lemos de Jeremias,
o Senhor conclama os céus a ficarem espantados,
horrorizados e desolados. E porque? Porque o povo O havia deixado e
cavado cisternas rotas. Quanto tempo temos passado a sós com o
Senhor bebendo do Seu Espírito? Nada poderia deixar esse assunto
mais claro do que as palavras de Paulo em 1 Co 16.22 que dizem: "E se
alguém não ama ao Senhor, que seja maldito!" Poderíamos parafrasear e dizer que se alguém não tem o Senhor como TOTALMENTE satisfatório para o seu coração, então que seja amaldiçoado.
3.
Jesus, aquele que nos dá de beber do Seu Espírito.
Tendo
em vista estas coisas, que são tão sutilmente danosas as nossas
almas, voltemos nossa atenção para nosso Amado Senhor! A mulher
samaritana naquele dia tinha uma fonte a mais além do poço de Jacó.
Era a Cristo Jesus, a fonte que seria instalada no seu coração. É
um fonte que estaria com ela aonde ela fosse. Isso fica evidente
quando a mulher vai a cidade e fala aos homens da cidade sobre Jesus.
Eles prontamente foram ter com Jesus!!! ´É surpreendente que uma mulher, que não
devia ter a reputação tão boa no povoado, convence os homens a
irem até Jesus? A única resposta é que ela não convenceu-os na sua própria personalidade ou capacidade de argumentação. A fonte de águas vivas já
havia sido implantada no seu coração, e começava a jorrar
imediatamente para aqueles homens do seu povoado! Que alegria, que restauração o Senhor estava fazendo
em Samaria por meio daquela mulher. Um vida restaurada, sendo usada
pelo Espírito de Deus para restaurar outras vidas. Nós devemos nos
aperceber disso diariamente. Não podemos perder o Senhor de vista um
só segundo. Temos que ficar aos pés do Senhor constantemente. Sua
presença conosco é mais importante que tudo. Ele é a fonte da
nossa alegria, nosso poder para enfrentar os nosso inimigos, nossa
vitória contra o pecado. Maria da cidade de Betânia sabia disso. Em
Lucas 10. 38-42 nós vemos sua irmã muito preocupada com os afazeres
de casa para melhor servir a Jesus. Quantos de nós pensamos estar
fazendo o nosso melhor somente porque estão trabalhando
alucinadamente na "obra"! A mesma exortação de Jesus a Marta cabe a nós também, quando ele disse: Marta, andas inquieta com
muitas coisas, Maria escolheu a melhor parte, e isto não lhe será
retirado. Meus irmãos, devemos olhar firmemente pra Jesus, autor e
consumador da nossa fé. Todo tempo, o tempo todo! Nada vale a pena
sem a sua presença conosco. Ele é o nosso manancial de águas
vivas. Maria entendeu o que Martin Lloyd-Jones chama de verdadeiro
discernimento espiritual:
Conclusão:
(Descrição da Mensagem de Martin Lloyd-Jones que aqui no blog posso postar como vídeo)
É
aniversário da Igreja Presbiteriana Antioquia, e quando
aniversariamos, meditamos no tempo que se passou, mas tentamos
visualizar o futuro pela frente. E eu quero afirmar baseado nas
Escrituras, que teremos um futuro de alegrias indizíveis, não
importando as circunstâncias, se tão somente ficarmos junto a Fonte
de Água Viva, Cristo, e enchendo-nos da Água que emana de Cristo, seu Santo
Espírito. Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua
saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como
a chuva serôdia que rega a terra (Os 6.3) . Amém!
Abaixo,
compartilho uma reflexão sobre humildade, compartilhada
anteriormente com meus irmãos na União Evangélica do meu local de
trabalho.
Temos,
porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do
poder seja de Deus, e não da nossa parte. (2 Co 4.7)
Em
sua segunda carta aos Coríntios, vemos o Apóstolo Paulo tratando de
diversas questões, procedimento peculiar em suas cartas. Nela, o
encontramos defendendo sua autoridade apostólica e a sua fidelidade
na forma como ele cumpria seu ministério. Em 1 Co 3.1 ele questiona
os irmãos de Corinto sobre a necessidade dele recomendar-se
novamente a igreja. Será que ele precisava de carta de recomendação
para que ele fosse recebido nas igrejas? No mesmo capítulo 3 ele diz
que a igreja de Corinto era a própria carta de recomendação dele.
Ele afirmava que o ministério dele havia produzido algo grandioso:
Os corintios eram a carta de Cristo! Paulo tinha plena confiança em
Deus, por meio de Cristo, que esta carta havia sido escrita não com
tinta, mas pelo Espírito Santo. Ele até afirmou que o ministério
dele era superior ao de Moisés, como podemos observar nos versos 6
ao 18. Ele também inclui todos os irmãos nesses ministério quando
ele diz “todos nós” no vs 18. Todos nós! Todos nós temos
fazemos parte no Ministério do Espírito! Ó, que grande privilégio,
quanta bençãos celestial! Ó, quanta ousadia, quanta autoridade e
quanta capacidade recebemos do Senhor para atuarmos nesse ministério.
Quanto poder recebemos para lutarmos em honra do nosso Grande Rei!
Entretanto,
apesar de toda as riquezas que temos em Cristo, devemos ver o outro
lado da moeda! Afinal, quão sujeitos somos a tantos erros! Quão
falhos e incapazes somos em nós mesmos! Quão inclinados a achar que
somos vasos de ouro! Quão inclinados somos aos aplausos dos homens!
O nosso velho homem anseia por elogios! Que luta diária contra o
orgulho, contra a soberba!
Jonathan
Edwards, um famoso pregador americano do século 17, chamou essa
tendência de orgulho espiritual. Ele escreveu:
Visto
que o orgulho espiritual, por sua própria natureza, é secreto,
ele não pode ser bem discernido pela intuição imediata. O
orgulho espiritual é melhor identificado por seus frutos e efeitos,
alguns dos quais mencionarei em paralelo aos frutos contrários da
humildade cristã. A pessoa espiritualmente orgulhosa se considera
cheia de entendimento e sente que não precisa de qualquer instrução;
por isso, ela se mostra pronta a rejeitar o ensino que outros lhe
oferecem. Por outro lado, o crente humilde é semelhante a uma
criança que facilmente recebe instrução; é cauteloso em sua
avaliação de si mesmo e sensível a respeito de como está sujeito
a tropeçar. Se lhe for sugerido que ele realmente está sujeito a
tropeçar, com muita prontidão o crente humilde estará disposto a
inquirir sobre o assunto. Pessoas orgulhosas tendem a falar sobre os
pecados dos outros, ou seja, sobre a miserável ilusão dos
hipócritas, sobre a indiferença de alguns crentes que sentem
amargura ou sobre a oposição que muitos crentes demonstram para com
a santidade. A verdadeira humildade cristã fica em silêncio no que
se refere aos pecados dos outros ou fala sobre eles com tristeza e
piedade. A pessoa espiritualmente orgulhosa encontra nos outros
crentes o erro de falta de progresso na vida cristã, enquanto o
crente humilde vê muitos erros em seu próprio coração e se
preocupa, a fim de que ele mesmo não se veja inclinado a ocupar-se
demais com o coração dos outros. Ele lamenta muito por si mesmo e
por sua frieza espiritual, esperando prontamente que muitas outras
pessoas tenham mais amor e gratidão a Deus, mais do que ele mesmo. A
pessoa espiritualmente orgulhosa fala sobre quase tudo que percebe
nos outros, fazendo-o com grosseria e com uma linguagem bastante
severa. Em geral, a crítica de tais pessoas se dirige não apenas
contra a impiedade dos incrédulos, mas também contra os verdadeiros
filhos de Deus e contra aqueles que são seus superiores. Os crentes
humildes, por sua vez, mesmo quando fazem extraordinárias
descobertas da glória de Deus, sentem-se esmagados por sua própria
vileza e pecaminosidade. As exortações deles para os outros crentes
são ministradas de maneira amável e humilde; e tratam os outros com
tanta humildade e gentileza quanto o Senhor Jesus, que é
infinitamente superior a eles, os trata. O orgulho espiritual com
freqüência dispõe a pessoa a agir de maneira diferente em sua
aparência exterior e a assumir uma linguagem, semblante e
comportamento diferentes. No entanto, o crente humilde, embora se
mostre firme em seus deveres e prossiga sozinho no caminho do céu,
mesmo que todo o mundo o abandone, ele não se deleita em ser
diferente apenas por amor à diferença. O crente humilde não
estabelece como objetivo primordial o ser visto e observado como
alguém diferente; pelo contrário, ele está disposto a tornar-se
tudo para todos os homens, sujeitar-se aos outros, conformar-se a
eles e agradá-los em tudo, exceto no pecado. As pessoas orgulhosas
levam em conta as oposições e injúrias, estando dispostas a falar
sobre elas em tom de amargura e murmuração. A humildade cristã,
por outro lado, dispõe a pessoa a ser mais semelhante ao seu bendito
Senhor, que, ao ser maltratado, não abriu a sua boca, mas
entregou-se silenciosamente Àquele que julga retamente. Para o
crente humilde, quanto mais clamoroso e irado o mundo se mostra com
ele, tanto mais quieto e tranqüilo ele permanecerá. Outro padrão
das pessoas espiritualmente orgulhosas é comportarem-se de maneira
que levem os outros a fazerem delas seu alvo. É natural para uma
pessoa que está sob a influência do orgulho aceitar toda a
reverência que lhe tributam. Se os outros mostram disposição para
submeterem-se a ela e sujeitarem-se em deferência a ela, a pessoa
espiritualmente orgulhosa está aberta para esta sujeição,
aceitando-a espontaneamente. Na verdade, aqueles que são
espiritualmente orgulhosos esperam esse tipo de tratamento, formando
uma opinião pervertida sobre aqueles que não lhe oferecem aquilo
que eles sentem que merecem.
Um
reflexão e tanta sobre o perigo do orgulho espiritual! Por isso,
creio que um dos antídotos contra o orgulho é os vasos de barro
lembrarem que são vasos de barro! Paulo escreve um “porém”!
Temos, porém este tesouro, ou seja tudo a que temos acesso
em Cristo Jesus, todo poder, ousadia, capacidade pelo Espírito
Santo, todo esse tesouro nós temos em vaso de barro! Para quê? Para
que a excelência do poder seja de Deus e não nossa! Temos que
lembrar que somos vasos de barro para viver em humildade. A nossa
exaltação, a nossa glorificação vem de Deus e não dos homens.
Nós vivemos nesse mundo procurando agradar a Deus e depois, se
possível for, aos homens. O selo de aprovação vem do Senhor! É
isso que devemos almejar. Por isso lembremos, irmãos, que somos
vasos de barro! Nosso valor não está em nós mesmo, mas no Tesouro
que habita em nós, nosso bendito Senhor! A força para nossa jornada
com Cristo não está em nós mesmos mas no Senhor Deus! Paulo sabia
disso muito bem! Em 1 Co 15.10 ele diz: "Mas pela graça
de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi
vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia
não eu, mas a graça de Deus que está comigo". A graça de
Deus nos humilha, o amor de Deus nos constrange! Citando Jonathan
Edwards novamente: “nenhuma outra coisa deixa uma pessoa fora
do alcance do Diabo como a humildade”.
Ah,
meus queridos, que a graça de Deus nos leve a humildade. Que nunca
nos esqueçamos que somos vasos de barro e que a excelência do poder
é de Deus e não nossa!
Como poderemos concertar o que está errado? Examinemos a última parte do texto (Cl 1.22) A palavra contudo é uma das mais belas palavras em toda a Bíblia. Você consegue imaginar como seria a vida, se declarações nas Escrituras, como as que vemos nessa passagem, não fossem seguidas por contudo, no entanto ou mas?
(...) agora, contudo, [Ele] vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para perante ele, vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro (Cl 1.22,23)
Como podemos concertar o que está errado? Nós vemos duas coisas neste último conjunto de declarações. Em primeiro lugar, nós vemos que o que está errado pode ser corrigido pela morte penal, substituta e propiciatória de Cristo. E em segundo lugar, por declaração condicional, com a partícula se (v. 23), vemos que não pode ser corrigido de nenhuma outra maneira - a supremacia de Cristo na verdade e na redenção, é encontrada em sua exclusividade. Não há outra maneira pela qual o homem possa ser justificado. "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4.12). "Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus" (1 Pe 3.18). "Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos" (Is 53.6).
Como podemos concertar o que está errado? Se você me perdoar a simplificação inevitável, podemos dizer que todas as outras religiões no mundo basicamente se resumem nisto: "Você precisa ter uma experiência religiosa, e a partir deste momento precisará fazer mais coisas boas que más, e então esperar o melhor quando morrer". As religiões podem diferir quanto a qual experiência deve ser esta, ou como "coisas boas" devem ser definidas, mas, em última instância, uma ou outra religião se baseia na necessidade de fazer mais bem que mal, sem nenhuma certeza ou segurança de um destino eterno.
Lutei com isto, quando era um calouro na faculdade. Eu não cresci junto a cristãos ou em meio ao cristianismo. Minha mãe era uma budista praticante. Eu jamais ouvi o evangelho, até entrar na faculdade. Aqui está aquilo com que lutava: Foi-me dito que eu deveria ter uma experiência religiosa, e então fazer mais bem do que mal, e esperar o melhor quando morresse. Mas descobri, pelo menos, três problemas com esta perspectiva.
Meu primeiro problema: não consigo ser bom. Eu tentei. E não consigo. Sou incapaz de ser bom. Eu sou total e radicalmente depravado, como diriam os Reformistas. Sem sombra de dúvida, eu não consigo ser bom. Mesmo quando faço coisas que parecem ser boas, eu as faço pelos motivos errados e destruo qualquer bem que havia nelas no início. Eu não consigo ser bom. Meu segundo problema: E quanto a todas as coisas que eu fiz, antes da minha experiência religiosa? Quem, ou o que, irá lavar as iniquidades do meu passado? Quanto tempo terei que viver para que minhas obras - que já estabelecemos que são inúteis - superem as más? Meu terceiro problema dizia respeito a minha certeza: Como eu posso saber, definitivamente, que cruzei a linha final? "Esperar pelo melhor quando morrer" é o melhor que eu posso conseguir? Estarei condenado a vagar pela vida esperando chegar lá no final?
Descobri a resposta para estes três problemas na supremacia de Cristo na verdade, no que diz respeito à redenção. A Bíblia diz: "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Co 5.21). No passado Deus tinha ignorado, ou deixado passar, pecados. E alguns estavam pensando que isto suscitava dúvidas sobre justiça do Senhor: Deus, como pode afirmar ser juto, e não destruir Moisés, o assassino, ou destruir Abraão. o mentiro, ou destruir Davi, o adúltero? Como, ó Deus? Mas na providência misericordiosa de Deus, chegou um dia em que Ele afligiu e entregou o seu único Filho por nossa causa, para satisfazer a sua justiça, "...para que ele seja justo e justificador daquela que tem fé em Jesus" (Rm 3.26). Isto foi suficiente para os pecados de Adão, Abraão e Moisés? Você consegue ouvir as questões retóricas do Calvário? Isto foi suficiente para o seu pecado Foi suficiente para que você reconhecesse a supremacia de Cristo na verdade no que diz respeito à redenção?
Não havia nada mais que pudesse ser feito que tivesse permitido que Deus fosse justo e justificador, ao mesmo tempo. Mas, na humilhação e exaltação de Jesus Cristo, nós encontramos uma solução para a pergunta: "Como podemos concertar o que está errado?" Ouça como proclamam os autores do hino:
O que pode lavar minha iniquidade?
Nada, exceto o sangue de Jesus;
O que pode me tornar completo outra vez
Nada, exceto o sangue de Jesus.
Oh! preciosa é a corrente
que me faz branco como a neve;
Nenhuma outra fonte eu encontrei,
Nada, exceto o sangue de Jesus.
E:
Existe uma fonte cheia de sangue derramado
das veias de Emanuel;
E os pecadores submersos nesta corrente
perdem todas as suas manchas de culpa.
Como você pode concertar o que está errado? O Cordeiro de Deus, imaculado e sem pecado, foi moído, rejeitado e morto, para pagar uma dívida que Ele não tinha, em nome dos pecadores que jamais poderiam lhe pagar.
Conclusão
Se estas duas perspectivas - o humanismo secular pós-moderno e o teísmo cristão - forem justapostas, algo muito interessante acontece. Coma primeira, a pessoa fica vazia e sem esperança; o homem passa a estar em uma posição desprezível, torna-se sem valor e precisa procurar satisfação sem jamais encontrá-la. Mas, com a segunda, a pessoa é preciosa; tem propósito, e é impotente; mas não há problema, porque foi resgatada. Esta é a supremacia de Cristo na verdade, em um mundo pós-moderno.
Em última análise, isto é o que o teísmo cristão nos diz:
Quem sou eu? Eu sou a coroa da criação e a glória da criação de Deus.
Porque estou aqui? Estou aqui para trazer glória e honra ao Senhor Jesus Cristo.
O que está errado no mundo? O que está errado sou eu, e todos os que, como eu, se recusam a reconhecer a supremacia da Cristo, e, em vez disso, decidiram viver em busca da supremacia do indivíduo.
Como podemos concertar o que está errado? O que está errado pode ser concertado por meio da morte penal, substitutiva propiciatória do Filho de Deus, e pelo arrependimento e pela fé por parte dos pecadores.
À medida que caminhamos pelas estradas e veredas e olhamos nos olhos da vida dos indivíduos que compraram a mentira, devemos sentir a segurança de que, pela graça de Deus, possuímos a resposta, e somos possuídos pela Resposta. A resposta é Cristo e a sua supremacia na verdade. Devemos chorar porque aqueles que andam sem objetivos por esta vida jamais serão satisfeitos com as respostas que a nossa cultura julgou adequada dar a eles. Quanto mais nos afastamos da supremacia de Cristo, mais nos afastamos da única coisas que poderá satisfazer, e a única coisa que nos poderá bastar. A supremacia de Cristo na verdade também significa a sua suficiência na verdade. Nós pregamos a Cristo, e este crucificado (1 Co 1.23). "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1.16).
Esta é a supremacia de Cristo na verdade em um mundo pós-moderno, moribundo, apodrecido, decadente e sofredor. Portanto devemos aceitá-la e proclamá-la apaixonadamente, confiantemente e incansavelmente, porque, afinal, é por isto que estamos aqui.
Extraído do excelente livro publicado pela editora CPAD, A Supremacia de Cristo em um Mundo Pós-Moderno.
Voddie Baucham é marido, pai, pastor, autor de livros, professor, pregador conferencista e plantador de igrejas. Ele serve como pastor de pregação na Igreja Batista Família da Graça em Spring, Texas.
Obviamente, há alguma coisa errada com o mundo. Vamos examinar a parte seguinte do texto, para ver a resposta em relação à supremacia de Cristo.
Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus. A vós também, que noutro tempo éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más...(Cl 1.19-21)
O que está errado no mundo? Você e eu. "Estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más". Apesar do fato de que somos a glória que coroa a criação de Deus, criados para viver e trazer honra e glória ao Senhor Jesus Cristo, em vez disso, nós somos inimigos daquEle por quem e para quem fomos criados. É isto que está errado no mundo. Em resumo, o pecado é o que está errado no mundo. Muitos dos estudantes que desejam conversar comigo são alunos do primeiro semestre de filosofia. (Um aparte: isto deveria ser uma regra. Você não deve falar de filosofia a menos que tenha estudado mais de um semestre de filosofia. Se você ainda não completou nenhum semestre, tudo bem - você pode falar tudo o que quiser. Mas se você cursou somente um semestre, você está confuso. Seria melhor não ter fazer nenhum curso de filosofia!) Estes alunos-filósofos amadores adoram me encontrar sozinho e me fazer perguntas padrão, como:
- Eu só queria lhe perguntar se você crê em um Deus que é onipotente e de infinita benevolência, e, se é assim, como você concilia estas crenças com a questão da teodicéia?
Ao que respondo:
- Você ó teve um semestre de filosofia, certo?
- Bem, sim. Como você sabe?
- Porque se não fosse assim, você teria dito simplesmente: "Se Deus é tão poderoso, e tão bom, como é que acontece coisas más?" E eu não vou responder sua pergunta até que você a faça corretamente.
- Eu estudei isso a semana toda! O que você quer dizer com, "fazer a pergunta corretamente?
- Você não está fazendo a pergunta corretamente.
- O que você quer dizer, com "fazer a pergunta corretamente?" A pergunta é minha. Você não pode me dizer como fazer minha pergunta.
Ao que respondo pacientemente:
- Eu vou responder a sua pergunta, quando você a fizer corretamente.
Quando ele estão prontos, então lhes digo como devem fazer a perguntar corretamente:
Você deve olhar nos meus olhos e deve me perguntar: "Como pode um Deus santo e justo saber o que fiz, e pensei, e disse ontem, e não me matar no meu sono na mesma noite?" Pergunte-me isso, desta maneira, e então poderemos conversar. Mas, enquanto você me fizer a pergunta daquela maneira, não terá entendido a questão. Enquanto você fizer a pergunta daquela maneira, você crerá que o problema está lá fora, em algum lugar. Enquanto você fizer a pergunta daquela forma, crerá que existem alguns indivíduos que, em si mesmos, merecem alguma coisa que não a ira do Deus todo-poderoso. Quando você me fizer a pergunta como eu sugeri - e disser: "Por que estamos aqui hoje? Por que cada um de nós não é consumido e devorado? Por quê? Por que, ó Deus, retardas o teu juízo e a tua ira? - então você terá realmente compreendido a questão.
O problema com o mundo sou eu. A tragédia é o fato de que eu não reconheço a supremacia de Cristo na verdade. O problema é que eu começo, comigo, como medida de todas as coisas. Julgo Deus baseando-me em quão bem Ele desempenha a minha agenda para o mundo, e creio na supremacia de mim mesmo na verdade. Como resultado, eu desejo um Deus onipotente, mas não soberano. Se eu tiver um Deus que é onipotente, mas não soberano, posso controlar seu poder. Mas se o meu Deus for onipotente e também soberano, estarei a sua mercê.
Quem sou eu? Eu sou a glória que coroa a criação de Deus, entretecido no ventre de minha mãe. Por que estou aqui? Estou aqui para trazer glória e honra ao Senhor Jesus Cristo. O que está errado no mundo? Eu. Eu não sei o que tenho de fazer.
Extraído do excelente livro publicado pela editora CPAD, A Supremacia de Cristo em um Mundo Pós-Moderno.
Voddie Baucham é marido, pai, pastor, autor de livros, professor, pregador conferencista e plantador de igrejas. Ele serve como pastor de pregação na Igreja Batista Família da Graça em Spring, Texas.
Esta cultura basicamente diz que não há rima ou razão, por isto estamos aqui para aproveitar ao máximo. Consumir. Aproveitar. É por isto que estamos aqui. Esta é uma mentalidade geral na nossa cultura norte-americana, tanto na igreja como fora dela, resultando em um materialismo insaciável, e fazendo-nos considerar os filhos como empecilho e uma carga. Enquanto muitos nas nações pobres do mundo falam sobre o número de filhos com que podem ser abençoados, nós falamos sobre o número de filhos que podemos sustentar. Nós temos casas que são maiores do que eles jamais possuíram, e famílias que são menores do que eles jamais tiveram. A nossa atitude com relação aos filhos é "um menino para mim, uma menina para você, e o Senhor seja louvado, que encerramos". Por quê? Porque os filhos são empecilhos para o nosso consumismo e aproveitamento. Eles custam caro demais. Este é o fruto da pós-modernidade e do humanismo secular.
O teísmo cristão considera a pergunta, "Por que estamos aqui?" e responde de maneira muito diferente. Outra vez, nós voltamos para a Supremacia de Cristo. Examine o fragmento seguinte do texto de Colossenses:
Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é o cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.
"Tudo foi criado por Ele e para Ele". O propósito fundamental de todas as coisas é trazer a Cristo glória e honra, e que Ele possa ter a supremacia em todas elas. Assim sendo, quem sou eu? A coroa e a glória da criação. Por que estou aqui? Para trazer glória e honra ao Senhor Jesus Cristo. É por isso que eu existo. É por isto que você existe. É por isto que Ele soprou em nós o verdadeiro fôlego de vida. Ele deve ter supremacia e preeminência em tudo. O Senhor é digno de supremacia em preeminência em sua vida, supremacia e preeminência na igreja, supremacia e preeminência sobre a morte e o inferno e a sepultura - supremacia e preeminência sobre tudo. E por causa disso, a razão para a minha existência vai muito além de consumir e aproveitar.
Tenho o privilégio de dar palestra em campus de faculdades por todo país, e este é um assunto que amo trazer ao foro quando falo com alunos de faculdade. A maioria dele vai para o campus com uma coisa em mente; ele se perguntam: "O que eu posso conseguir aqui que facilite meu consumo e o meu prazer?" É por isso que a maioria das pessoas muda de curso, três ou quatro vezes, antes de sair da faculdade. É assim que eles agem. Eles vêm à faculdade pensando no curso número um - frequentemente um curso de sonho. Este curso não tem nada a ver com sua aptidão. É um sonho. Converso com alunos o tempo todo.aperto suas mãos e lhes faço algumas perguntas. Pergunto-lhes de onde vêm, o que estão estudando, e em que ano estão em seus cursos. E isto é o que acontece: Eu caminho e aperto as mãos.
- Olá, tudo bem De onde você é?
- Oh, eu sou de Podoke, Estado de Iowa.
- Legal. O que você está estudando?
- Preparatório para medicina e microbiologia.
A minha pergunta seguinte é:
- Você é calouro, não é?
Ao que ele responde:
- Sim, como você sabe?
Não estou falando de rapazes e moças com aptidão apropriada para tal curso. Refiro-me a alunos que entram na faculdade e escolhem um curso simplesmente com base no prestígio da sua posição futura. É assim que ele ingressam no curo número um, um curso de sonho. Como entram no curso número dois? Eles folheiam a revista Fortune 500, descobrem quem está ganhando mais dinheiro com menor grau de instrução, e escolhem este curso. Mas então, depois que fica difícil demais, começam a procurar um novo curso. E como passam para o curso número três? Por volta do segundo semestre do seu primeiro ano, eles entram na sala de um conselheiro, e dizem, "Com licença. Em que curso posso eliminar o maio número de mate´rias e ter a menor carga horária? Sim, acho que vou passar para este agora mesmo". A esta altura, o curso escolhido é "sair-logo-daqui-logia"!
Mas que tal esta idéia radical: Deus te entreteceu no ventre da tua mãe (Sl 139.13). Ele te deu uma combinação exclusiva de dons, talentos, habilidades e desejos (Rm 12; 1 Co 12). Como seria, se você compreendesse a supremacia de Cristo na verdade, como ela está relacionada com o seu propósito de existir, e visse que toda a sua instrução serviu para promover a glória, a supremacia de Cristo, e a sua causa aqui na terra?
Como escreveu Richard Baxter:
Os homens mais santos são os mais excelentes estudiosos das obras de Deus, e ninguém, exceto os santos, pode estudá-las ou conhecê-las corretamente. As obras de Deus são grandes, e eles as procuram para ter prazer nelas, mas não para si mesmos, mas para aquEle que os criou. O seu estudo de física e outras ciências não merecerá uma grande dedicação se Deus não for a pessoa que você esteja procurando nele. Ver e admirar, reverenciar e adorar, amar e deleitar-se no Senhor, como exibido em todas as suas obras - esta é a verdadeira e única filosofia; o contrário é mera loucura, e assim é chamado, repetidas vezes, pelo próprio Deus. Esta é a santificação de seus estudos, quando são devotados ao Todo-Poderoso, e quando Ele é o fim, o objeto e a vida neles. [Richard Baxter, The Reformed Pastor, cap.1]
E se nós encarássemos os nosso estudos como um intendência? Se criássemos nossos filhos, não para estudar e trabalhar em alguma coisa simplesmente porque este fato nos deixaria orgulhosos, mas em vez disso, se os criássemos para que pudessem descobrir o caminho em que Deus os colocou? E se nós decidíssemos cuidar deles, e criá-los de tal maneira que Deus pudesse utilizar os dons que Eles lhes deu, para sua glória? Se nós os ensinássemos, continuamente, a se concentrarem na supremacia de Cristo na verdade, e na maneira como Ele se relaciona com o nosso propósito para existir? Cristo é "antes de todas as coisas". Por que você escolheu o seu último trabalho? Foi por causa da supremacia de Cristo na verdade, à medida que ela se relaciona com o seu propósito de existir? Ou foi porque este emprego lhe paga mais do que o emprego que você tinha antes? Pastor, como você escolheu a sua igreja atual? Foi através de uma busca pela supremacia de Cristo na verdade em todas as coisas, à medida que ela se relaciona com seu propósito pastoral? Ou foi porque esta posição é um pouco mais prestigiosa que a última? Tudo foi criado por Ele e para Ele. Isto significa: a minha vida, a minha família, o meu ministério - tudo o que forma quem eu sou - deve ser caracterizado por um comprometimento com a preeminência de Cristo.
Extraído do excelente livro publicado pela Editora CPAD, A Supremacia de Cristo em um Mundo Pós-Moderno.
Voddie Baucham é marido, pai, pastor, autor de livros, professor, pregador conferencista e plantador de igrejas. Ele serve como pastor de pregação na Igreja Batista Família da Graça em Spring, Texas.
O Teísmo Cristão e as Questões Fundamentais da Vida: Uma Explicação de Colossenses 1.12-21
As repostas fornecidas pelo humanismo secular pós-moderno deixam seus adeptos vazios e necessitados. Como, então, respondemos nós? Nós abrimos nossas Bíblias em Colossenses 1, para ver como a perspectiva cristã responde a estas mesmas perguntas. Vejamos como a supremacia de Cristo pode ser aplicada às questões fundamentais da vida: (1) Quem sou eu? (2) Por que estou aqui? (3) O que está errado no mundo? e (4) Como podemos consertar o que está errado?
Quem sou eu?
O Teísmo Cristão responde:
[Cristo] é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades, tudo foi criado por ele e para ele (Cl 1.15-16 NASB)
Agora, alguns de vocês podem estar confusos, pensando como esse texto pode ser uma resposta para a pergunta: "Quem sou eu?" A resposta é que vocês não podem imaginar quem são vocês até que, antes de mais nada, descubram quem é Ele. Jesus é a imagem do Deus invisível. É a representação exata do Pai. É o retrato de Deus em carne humana. Ele é Deus sobre esta terra. Ele é Todo-poderoso, "porque nele foram criadas todas as coisas", e é o Criador de todas as coisas.
Quais as coisas que Jesus criou? Ele criou todas as coisas que há no céus e na terra. Tronos, dominações, principados, potestades - tudo foi criado por Ele. Tudo foi criado nEle. Isto nos lembra João 1.1 "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus", o que por sua vez nos faz lembrar de Gênesis 1.1: "No princípio, criou Deus os céus e a terra". Se continuarmos lendo, encontraremos estas maravilhosas palavras: "Façamos [nós] o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gn 1.26). Assim sendo, quem sou eu? Enquanto nossa cultura pós-moderna diz que eu sou o resultado de processos aleatórios, o teísmo cristão diz que eu sou a glória que coroa a criação de Deus (cf. Sl 8.5). O teísmo cristão diz que Ele me entreteceu no ventre da minha mãe (Sl 139.13). O teísmo cristão diz que não sou um acidente, tão pouco o resultado de processos aleatórios. O teísmo cristão diz que, quer eu seja alto e bonito, que eu seja baixo e não tão belo, quer o meu corpo funcione perfeitamente ou seja gravemente deformado, sou a glória que coroa a criação de Deus, e como resultado, tenho dignidade, importância e valor inerentes. O teísmo cristão não consegue compreender idéias como racismo, classismo ou eugenia. O teísmo cristão considera o homem negro e o não-tão-negro como iguais. (Você categoriza o mundo como deseja; eu o categorizo como desejo! Mas para o meu leitor que é branco, quero dizer que não há problema que você não seja negro como eu; Deus lhe ama assim mesmo!) Naturalmente, a pergunta que fica no ar quando a questão vem à tona é: Este realmente é o caso? Esta pergunta está sempre suspensa, mesmo quando as pessoas não a proferem. A questão está no ar. Como não gosto de perguntas que ficam no ar, vamos lidar com ela de frente.
Aqui está a dúvida: Você diz que, no contexto e nos limites deste teísmo cristão, não há lugar para este tipo de racismo, mas nós sabemos, como fato, que já houve culturas que, por um lado, afirmavam esta fidelidade ao teísmo cristão, e por outro, abraçavam racismo e escravidão. Como você justifica isto? A resposta é que não tenho que justificar nada disso. A história não é normativa. Só porque esse fato aconteceu, não significa que tenha sido correto. Aqui está o ponto que temos que analisar: isto cessou. O que fez com que isto cessasse? Qual foi a perspectiva encoberta que disse: "Isto é incoerente?" Qual foi a perspectiva encoberta que disse: "Isto é incoerente?" Qual foi a visão que questionou: "Nós somos um exercício de dissonância cognitiva?" Qual foi o parâmetro que alertou e disse: "Vocês não podem, por um lado afirmar o teísmo cristão, e por outro, desprezar homens por causa da cor de sua pele!" Foi o Islã? Não. A escravidão ainda é desenfreada no mundo muçulmano. Foi o teísmo cristão que acabou com a escravidão no mundo ocidental. Era errado? Sim, a escravidão no mundo ocidental era errada, mas segundo qual padrão? A escravidão era errada segundo o padrão da supremacia de Cristo e da Palavra de Deus.
Nem o humanismo secular nem o pós-modernismo conseguem compreender esta verdade - segundo qual outro padrão a perspectiva global teria acabado com a escravidão? Mas, quando nós compreendemo a supremacia de Cristo, não conseguimos escapar a esta verdade. Quem sou eu? Quem é você? Nós somos a glória que coroa a criação de Deus. Não me importo com o que qualquer pessoa já disse a você. Não me preocupo se o seu pai e sua mãe olharam nos seu olhos e disseram que você foi um engano. Jamais se esqueça que você foi criado à imagem de Deus, como a glória que coroa a sua criação.
Jamais me esquecerei do momento em que compreendi isto pela primeira vez. Inclusive, passo muito tempo da minha vida perguntando por quê? Fui criado por uma mãe solteira, adolescente que tinha apenas dezessete anos de idade quando engravidou. Ela e o meu pai ficaram casados por pouco tempo, mas à partir da época em que eu tinha cerca de um ano de idade, ela passou a me criar sozinha na região infestada de drogas e gangues, no Centro Sul de Los Angeles, onde, naquela época, a expectativa de vida de um rapaz negro era de aproximadamente vinte e quatro anos. Muitas vezes me perguntei por quê? - especialmente à luz da nossa cultura de hoje, que considera as mulheres jovens na condição da minha mãe, e lhes diz que seria irresponsável que levasse sua gravidez até o fim. Mas, quem sou eu? Sou a glória que coroa a criação de Deus.
Independente das circunstâncias do meu nascimento, ou do seu, das dificuldades ou fraquezas com que você luta, da sua classe ou da sua posição na vida - por caus da supremacia de Cristo na verdade, você é aquilo que o Criador do universo diz que você é. E, ao soprar em você o verdadeiro sopro de vida, Ele diz que você tem valor, dignidade e importância, e afirma que devo reconhecer isto em sua vida, da mesma forma como reconheço em mim mesmo. E assim nós vemos a supremacia de Cristo na verdade, e temos a resposta à pergunta número um.
Extraído do capítulo 2 do excelente livro publicado pela Editora CPAD, A Supremacia de Cristo em um Mundo Pós-Moderno.
Voddie Baucham é marido, pai, pastor, autor de livros, professor, pregador conferencista e plantador de igrejas. Ele serve como pastor de pregação na Igreja Batista Família da Graça em Spring, Texas.