quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A Verdade e a Supremacia de Cristo em um Mundo Pós-Moderno (2/6)

Questões Fundamentais da Vida

Agora quero examinar a maneira como estas duas estruturas funcionam na vida real. Também pretendo examinar a maneira como nós consideramos a questão da verdade, juntamente em sua relação com a supremacia de Cristo, em um mundo pós-moderno. Todo ser humano, que já viveu ou que viverá, fez, faz ou fará quatro perguntas básicas. São as mesmas perguntas, não importa onde você viva (se na Ásia, na África, na Europa ou na América do Norte), ou quando você faz a pergunta (se no século I, no século XXI, ou , se o Senhor tardar, no século XXXI). As quatro perguntas são estas: (1) Quem sou eu? (2) Porque estou aqui? (3) O que está errado no mundo? e (4) Como podemos concertar o que está errado? Ainda que nem todos nós as articulemos, a luta com essas quatro perguntas básicas está na alma de todas as pessoas. Permita-me responder a estas indagações, em primeiro lugar, da perspectiva da nossa cultura, e a seguir, da perspectiva do teísmo cristão, com base me Colossenses 1. Se fizermos à nossa cultura estas quatro perguntas, aqui estão as repostas que obteremos.

Quem Sou Eu?
As respostas fornecidas pelo humanismo secular à primeira pergunta são estas: Você é um acidente. Você é um engano. Você é um primata glorificado. Você é o resultado do processo aleatório da evolução. É isto. Sem pé. Sem cabeça. Sem propósito. Em última análise, você não é nada. Esta é a realidade patética quando a evolução percorre o seu curso ideológico. Se a idéia for levada à conclusão lógica, o homem não tem mais valor do que um rato de campo; se o roedor do campo é uma espécie ameaçada, que por acaso está na propriedade do homem, adivinhe: Quem terá que se mudar dali?

Por que Estou Aqui?
A reposta do humanismo secular à pergunta, "Por que estou aqui?" é que você está aqui para consumir e aproveitar a vida. Consiga tudo o que puder. Desfrute tudo o que conseguir. Faça isto. É por isto que você está aqui. É a única coisa que importa. Quando perguntaram ao famoso humanista, John D. Rockefeller: "Quanto dinheiro é suficiente?" ele foi mais honesto do que qualquer homem jamais havia sido, e respondeu: "Somente um pouquinho mais". Consuma e aproveite. É por isto que você está aqui.
A propósito, quando você combina prazer e consumo, em um universo materialista, obtém terríveis resultados. Se eu não tiver nenhuma razão para minha existência - se não for mais do que resultado do processo evolutivo aleatório, e se apenas existo para consumir e aproveitar - as únicas coisas que importam são se sou mais poderoso do que você, e se você tem alguma coisa de que eu preciso para meu prazer. Se for assim, então é minha incumbência tomar tudo o que eu puder de você, para aumentar minha própria satisfação.
Nós já não vimos isto acontecendo no mundo? Já não vimos a conclusão lógica deste tipo de darwinismo social? Já não vimos uma cultura que, em certa ocasião, disse que existe uma raça que é mais evoluída que todas as outras? Eles argumentavam que, porque a raça ariana é superior a todas as demais, é sua tarefa dominar e/ou exterminar outras raças, para entrar no nível seguinte da nossa evolução.
Não os desprezem. Não rejeitem os cientistas biólogos arianos, que viam os judeus como coisas e não como pessoas, para justificar o seu extermínio, porque isto é exatamente o que os nosso cientistas e biólogos fazem ao bebê que está no útero. O mesmo conceito de eugenia reduz o bebê no útero a um monte inconveniente de carne. Ainda  mais sinistro é o fato de que crianças gravemente deformadas são, com frequência, exterminadas no útero, porque interferem em nossa capacidade de consumir e aproveitar. Em outro extremo do espectro da vida, quando as pessoas estão velhas e frágeis e seu fim está próximo, elas não somente têm o direito de morrer, mas agora tem o dever de morrer. Basta dar-lhes um coquetel e elas podem deixar de ser um peso a seus filhos, que agora estão cuidando delas.
Quem sou eu? De acordo com a visão predominante em nossa cultura pós-moderna, eu não sou nada.
Porque estou aqui? Estou aqui para aproveitar ao máximo, para consumir e desfrutar, enquanto puder.

O que Está Errado no Mundo?
Se você se perguntar a proponentes da pós-modernidade o que está errado com o mundo, a resposta será muito simples. As pessoas são insuficientemente educadas ou governadas. É isto o que está errado com o mundo. As pessoas não conhecem o suficiente, ou não são plenamente vigiadas.

Como Poderemos Consertar o que Está Errado?
A solução para os nossos ais é mais educação e governo. Está é a única resposta que a nossa cultura consegue propor: ensinar mais coisas às pessoas, e dar a elas mais informação. Como combatemos a Aids? Nós a combatemos com a conscientização e com o conhecimento da Aids. Como combatemos o racismo? Nós o combatemos oferecendo aulas contra o ódio. E o que dizer do marido que espanca sua esposa? Nós o enviamos para ter aulas de controle de raiva. Basta dar às pessoas mais informação e tudo estará bem. Mas se você tomar um ser humano pecador, um assassino, e educar este indivíduo, ele meramente se torna mais sofisticado em sua habilidade de destruir. O mundo é muito mais educado hoje em dia, do que durante a Primeira Guerra Mundial. E como estamos nos arranjando? Estamos vendo menos guerras? Não. Somente técnicas mais sofisticadas de matança. Agora, devido à nossa "educação", nós podemos matar mais pessoas em menor tempo do que nunca antes na história.
Se mais educação não é a reposta, talvez a solução deva ser encontrada em mais governo. Será? Existem dois problemas com este modo de pensar. Em primeira lugar, quem está governando os governantes? Para que o governo fosse uma solução real, deveria haver uma classe especial de pessoas que nos governasse sem ter necessidade de governo para si mesmas. O segundo problema é a depravação do homem. O homem não irá simplesmente melhorar, como resultado de ser governado. Ao contrário, ele simplesmente encontrará e explorará meios de escapar do governo.

Extraído do capítulo 2 do excelente livro publicado pela Editora CPAD, A Supremacia de Cristo em um Mundo Pós-Moderno.





 Voddie Baucham é marido, pai, pastor, autor de livros, professor, pregador conferencista e plantador de igrejas. Ele serve como pastor de pregação na Igreja Batista Família da Graça em Spring, Texas.

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