por Lewis Bayly
Quem primeiro ordenou um jejum foi Deus no paraíso e com ele foi relacionada a primeira lei formulada por Deus, quando ordenou a Adão que se abstivesse de come o fruto proibido. Deus só pronunciou e escreveu Sua lei com o Seu povo praticando jejum (Levítico, capítulo 23), e em Sua lei ele ordena que todo o Seu povo jejue. É o que também nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo ensina a todos os Seus discípulos sob o Novo Testamento, assumindo o jejum como prática normalmente aceita (Mat. 6:17; 9:15). Pelo jejum religioso o homem chega perto da vida dos anjos e do cumprimento do que é expresso na Oração do Senhor: "seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu". A verdade é que a própria natureza parece ensinar este dever ao homem, dando-lhe boca pequena e garganta estreita, pois a natureza se contenta com pouco, e a graça se contenta com menos. Em nenhum outro aspecto a natureza e a graça concordam melhor do que no que se refere ao exercício do jejum religioso, pois esta prática traz estes benefícios: fortalece a memória e aclara a mente; ilumina o entendimento e refreia os sentimentos; mortifica a carne, impede doenças e mantém a saúde; livra dos males e proporciona toda espécie de bençãos. Pela quebra deste jejum, Adão foi derrotado pela serpente e perdeu o Paraíso. Mas, por observar o jejum, o segundo Adão venceu a serpente e nos restaurou ao céu. Foi o jejum que, na arca, cobriu de segurança Noé, que a intemperança descobriu, e o largou na vinha. Pelo jejum Ló apagou as chamas libidinosas de Sodoma, que a bebida reascendeu com o fogo do incesto. O jejum religioso e a conversação com Deus fizeram o rosto de Moisés brilhar diante dos homens, ao passo que o comer e o beber idolátricos fizeram os israelitas parecerem abomináveis à vista de Deus. A prática do jejum arrebatou Elias numa carruagem angelical para o céu, ao passo que o voluptuoso Acabe foi enviado num carro de sangue para o inferno. O jejum fez Herodes acreditar que João Batista viveria após a morte graças a uma bem-aventurada ressurreição, ao passo que, depois de uma vida de costumes inveterados, esse rei nada pôde prometer a si mesmo senão a morte eterna, a destruição eterna. Ó divina ordenança de um divino autor!
Extraído do excelente livro "A Prática da Piedade" de Lewis Bayly publicado pela Editora PES.
Também há dois artigo muito bons que eu li recentemente nestes links:
ResponderExcluirhttp://livros.gospelmais.com.br/files/livro-ebook-jejuando-pela-eecompensa-do-pai.pdf
http://livros.gospelmais.com.br/files/livro-ebook-dias-de-jejum-e-oracao-na-tradicao-reformada.pdf